quarta-feira, 6 de abril de 2011

A sociedade para Durkheim, Marx e Weber

Sociedade para Durkheim
Para Durkheim o homem é coagido a seguir normas, os chamados fatos sociais (regras exteriores ao indivíduo que controlam sua ação perante a sociedade). O fato social é a coeção da socieadade no indivíduo, o homem é coagido a seguir normas sociais que desde seu nascimento lhes são expostas e que ele não tem poder para modificar. Durkheim propunha a sociologia estudar esses fatos que controlam o meio social (leis, religiões, costumes e etc).
A sociedade é que controla as ações individuais, o individuo aprende a seguir normas que lhe são exteriores (não foram criadas por ele), mas é autônomo em suas escolhas, porém elas estão dentro das possibilidades que a sociedade impõe, pois caso ele saia desses limites impostos será punido socialmente, sendo assim há uma elevação do coletivo sobre o individual, o homem nada mais é do que um ser condicionado pelas regras da sociedade com uma pseudo-liberdade de escolhas.
Durkheim então propõe uma saida da sociedade mecânica em que a individualidade é anulada para uma sociedade organicista, em que se baseando em modelos biológicos as pessoas realizariam funções específicas, cada qual com seu papel no grande sistema da sociedade. A moral para Durkheim é o principal fato social, ela é positiva já que condiciona as pessoas a se manterem em sociedade e não dispersas como aconteceria caso o individualismo sobrepusesse o coletivo. Em alguns momentos a moral deixa de funcionar corretamente, então deve se condicionar uma nova moral que seria aceita voluntariamente pelas pessoas quando observassem que a antiga não mais mantia a sociedade estruturada e funcional.

Sociedade para Marx
Para Marx a sociedade não tenderia a buscar a funcionalidade perfeita como para Durkheim, para ele a sociedade se mantinha por ideologias controladas pelos que possuem o controle dos meios de produção. A sociedade é heterogenea, pois possue classes sociais que se estabelecem em diferentes locais nos meios de produção para atender o coletivo.
A sociedade valoriza o acúmulo de bens materiais e não o bem-estar da sociedade, a qualidade de vida dos que não controlam os bens de produção são inferiores aos que controlam. Os proletários apenas ganhavam de salário o necessário para se viver e os capitalistas acumulavam capital, o capital se tornou um símbolo de poder, de prestígio em relação aos bens de produção e portanto de superioridade na qualidade de vida. A produção deixou de visar o bem da sociedade para montar esferas de poder controladas pelos capitalistas em detrenimento do operário.
A exploração do proletário se daria pela mais-valia, o valor de troca usado pelo operário não condiziria com o salário que recebia, o que ele produzia era superior ao que recebia, sendo o trabalho extra a produzir o lucro do capitalista, sendo assim os próprios proletários é que mantinham o poder do capitalista que detinha a “maquina” de produção.
O proletário deveria se conscientizar da ideologia dominante, a do capitalista, que organiza o operário em benefício do sistema capitalista, essa ideologia naturaliza a posição de quem detem o poder sobre os meios de produção, fazendo com que o operário se aliene em relação ao que ele mesmo produz. Com a consciência da dominação, o proletário conseguiria se organizar e fazer a revolução social, em que a classe operária transformaria a realidade.
Como foi visto a ideologia seria como uma coeção, mesmo que diferente da que propõe Durkheim, do externo sobre o individuo e que tenta lapidá-lo para manter o sistema vingente, porém o sistema vingente apenas beneficia os detentores do meio de produção e na perspectiva de Marx, tem como se modificar essa realidade social.

Sociedade para Weber
Em seus estudos, Weber estudou o surgimento e o desenvolvimento dos domínios que os homens impõem ou se submetem. Para ele existem três tipos de dominações por uma violência considerada legítima, são elas: domínio tradicional, carismático e racional-legal.
O domínio tradiconal se dá através do costume, aquele domínio já esta naturalizada em uma cultura e portanto legitimado, acontece na imagem do principe e sacerdote-rei, ele não foi escolhido terrenamente, é uma revelação do divino para o homem, é um domínio sacralizado.
Olhando para as obras de Marx na visão de Weber o proletário se subjulgaria ao capitalista porque conseguia um ganho material, o salário, ele era recompensado mesmo que de maneira precária (esse seria o valor racional com relação aos valores, o dinheiro é importante na sociedade capitalista, portanto tê-lo mesmo que pouco é fundamental socialmente).
O domínio carismático é quando uma figura representada como herói consegue submeter os outros que o admiram, acontece por exemplo, no sacerdote que consegue o carisma dos fieis ou no líder militar que é o senhor das armas, que lutou bravamente em uma guerra e que tem total apoio do povo, por um sentimento de patriotismo, o líder carismatico controla os outros pelas sensibilidades que causa. A sensação de proteção que tal líder pode conceber atrai as pessoas a sua volta.
O domínio racional com relação aos fins acontece na organização da burocracia, que visa organizar as transações econômicas para que ocorram de maneira mais eficiente. Por conta da organização as pessoas se submetem já que legitimamente uma organização possui normas e diretrizes de funcionamento, se o modelo for eficiente ele vai resistir as mudanças, os fins dessa organização vão ser previsiveis e dar uma sensação de segurança fazendo cada vez mais as pessoas se organizarem em sua volta.

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